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Defesas no Caso do Golpe Questionam Atuação e Provas, Ironizando Falta de "Golpistas"

Defesas no Caso do Golpe Questionam Atuação e Provas, Ironizando Falta de "Golpistas"


As defesas dos réus no caso da tentativa de golpe de Estado no Brasil adotaram uma postura mais técnica durante os procedimentos, focando em detalhes de provas e questionando a condução do processo. Um ponto central das argumentações foi a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo as defesas, teria extrapolado sua função de juiz ao ser excessivamente ativo na fase de oitiva de testemunhas.


A defesa do general Augusto Heleno, em particular, destacou que o ministro Alexandre de Moraes fez muito mais perguntas e agiu em momentos em que a própria acusação não via necessidade de intervir. Essa postura proativa do ministro, segundo a defesa, poderia indicar um desequilíbrio no julgamento.



Outro ponto crucial levantado pelas defesas de Jair Bolsonaro e Braga Neto foi a questão das falhas processuais na condução das provas. Alega-se que a Polícia Federal (PF) disponibilizou um volume imenso de documentos (70 TB) em um curto espaço de tempo, impossibilitando uma análise completa e aprofundada por parte das defesas. Argumenta-se que o que será julgado é um compilado do que a PF considerou relevante, juntamente com a Procuradoria-Geral da República (PGR), e não necessariamente um conjunto completo de evidências.


As defesas argumentam que é impossível afirmar que os eventos descritos na denúncia da PGR ocorreram da forma como foram apresentados, dada a impossibilidade de acesso a todas as provas. Além disso, questionam a atuação "proativa" do juiz, que poderia desequilibrar o processo




"É curioso que não se refuta a existência de um plano de golpe de Estado, mas todo mundo é inocente. Faltou golpista nessa conversa do golpe", ironizou o jornalista Robson Bonin, resumindo a estratégia das defesas de se eximirem da culpa e aguardarem o desenrolar do processo